1- A pergunta mais clássica de todas, o que te chamou a atenção para
tocar guitarra? Quando começou e de que forma começou os estudos?
Meus pais adoravam musica; arte
no geral. Minha mãe tocava piano e meu pai violão, então, sempre fui
“alimentado” com cultura muito cedo. Me lembro de, enquanto fazia aulas de
piano, fuçava na coleção de vinil deles e, por acaso, deixei cair um álbum,
Rising Force do Yngwie Malmsteen. Ali descobri um novo instrumento e uma nova
forma de me expressar. Em seguida, peguei esta curiosidade e fui pesquisar, ter
aulas, etc.
2- Com quem estudou neste principio?
Foram tantos professores, seria
meio injusto citar somente um ou dois. Talvez, no começo, os músicos com mais
visibilidade seriam Stanley Jordan, Edu Ardanuy e Diego Figueiredo.
O iniciante, em meu ponto de
vista, seria aquele que está a aprender as ferramentas básicas do ofício. O
musico é o profissional que já trabalha na área, e tem competência para tal;
diria que é um “solucionador de problemas”. Já o “musico de altíssimo nível”,
entendo que seria aquele músico na qual desempenha algum tipo de atividade que
o destaque dos demais profissionais.
Me graduei em Produção
Fonográfica na Universidade do Oeste Paulista, agora, a melhor escola, pra mim,
sempre foi as experiências dentro do estúdio, com a “mão-na-massa”. A gurizada
me conhece como artista multimídia, o que significa que tenho que dominar
muitas ferramentas para produzir as minhas loucuras! Acredito que todo
musico/artista deve estar antenado com a parte extra-instrumento, para
justamente se destacar ou se expressar de uma forma mais autêntica.
A única coisa que você deve se
importar é: saber o porque de você está fazendo aquilo. Depois de refletir muito
sobre o mérito deu ser citado entre os melhores artistas/guitarristas, sair em
capas de revistas no mundo todo e bla bla bla, entendo que é simplesmente
porque eu faço o que gosto, de verdade. Alias, é sobre a minha verdade que
estamos falando.
Meu pai faleceu bem no meio do
processo do meu primeiro álbum, intitulado BOO!. Ali, ele queria, mais do que
eu, produzir este álbum. Sem dúvida, os meus pais foram as pessoas que mais me
apoiaram, descobriram o talento e incentivaram
a me tornar o que eu sou hoje. Como era um projeto grande, com uma
produção muito desafiadora, também pelo fato de ser minha primeira experiência
com músicos internacionalmente conhecidos como Billy Sheehan (Steve Vai) e Mike
Mangini (Dream Theater), não podia deixar a “peteca” cair, então, usei estes
sentimentos todos a favor da arte. Dali nasceu a 1960, (que acredito ser mais
do que uma homenagem aos meus pais) acredito ser uma das minhas melhores
tentativas de me expressar, enquanto artista e pessoa.
Há muitos anos sou endorsee das
marcas Gibson, Orange, Ernie Ball,
Morley, Monster, Morpheus, Mendes e Capcases, então, acabo tendo o
prazer de usar diferentes modelos destas marcas. Como tenho a oportunidade de
ter muitas opções, acabo sempre experimentando. Cada musica, uma história, uma
ferramenta.
Depois que dirigi, como diretor
de vídeo, o novo DVD do baterista Aquiles Priester, as pessoas estão me
procurando bastante para fazer trabalhos deste tipo, então, a agenda fica uma
loucura! Acabei de voltar de uma tour na Europa divulgando os meus novos
singles: CHU e OLDBOY. Já tenho alguns workshops marcados no Brasil, mas,
certamente volto à Europa no segundo semestre para mais alguns meses de show.
Acreditem nos seus sonhos. Bora dominar o mundo, juntos! Fica o meu convite para participarem das minhas redes sociais – todos os links estão no meu site oficial: www.danielpique.com Rock On!