sábado, 15 de março de 2014

Entrevista com Daniel Piquê

Começando com nossa seção de entrvista que teremos toda a semana com musicos renomados, temos Daniel Piquê:



 1- A pergunta mais clássica de todas, o que te chamou a atenção para tocar guitarra? Quando começou e de que forma começou os estudos? 
Meus pais adoravam musica; arte no geral. Minha mãe tocava piano e meu pai violão, então, sempre fui “alimentado” com cultura muito cedo. Me lembro de, enquanto fazia aulas de piano, fuçava na coleção de vinil deles e, por acaso, deixei cair um álbum, Rising Force do Yngwie Malmsteen. Ali descobri um novo instrumento e uma nova forma de me expressar. Em seguida, peguei esta curiosidade e fui pesquisar, ter aulas, etc. 
2- Com quem estudou neste principio? 
Foram tantos professores, seria meio injusto citar somente um ou dois. Talvez, no começo, os músicos com mais visibilidade seriam Stanley Jordan, Edu Ardanuy e Diego Figueiredo.
3- O que você considera uma grande diferenciação entre um iniciante, um músico e um músico de altíssimo nível? 
O iniciante, em meu ponto de vista, seria aquele que está a aprender as ferramentas básicas do ofício. O musico é o profissional que já trabalha na área, e tem competência para tal; diria que é um “solucionador de problemas”. Já o “musico de altíssimo nível”, entendo que seria aquele músico na qual desempenha algum tipo de atividade que o destaque dos demais profissionais.
4- Conhecemos seu trabalho e sabemos e começou cedo, isso é um grande diferencial! Onde você estudou produção musical e de que forma você aplica esta formação hoje no seu dia a dia? 
Me graduei em Produção Fonográfica na Universidade do Oeste Paulista, agora, a melhor escola, pra mim, sempre foi as experiências dentro do estúdio, com a “mão-na-massa”. A gurizada me conhece como artista multimídia, o que significa que tenho que dominar muitas ferramentas para produzir as minhas loucuras! Acredito que todo musico/artista deve estar antenado com a parte extra-instrumento, para justamente se destacar ou se expressar de uma forma mais autêntica.
5- Você tocou com vários artistas de nome mundial ainda novo. Isso sem dúvida se deve ao fato do grande músico que você é desde cedo. Pela bagagem que estes músicos tem, quais foram seus maiores aprendizados ao ter contato com eles? Quais lições podemos tirar desta sua experiência? 
A única coisa que você deve se importar é: saber o porque de você está fazendo aquilo. Depois de refletir muito sobre o mérito deu ser citado entre os melhores artistas/guitarristas, sair em capas de revistas no mundo todo e bla bla bla, entendo que é simplesmente porque eu faço o que gosto, de verdade. Alias, é sobre a minha verdade que estamos falando.
6- Uma de suas músicas de maior impacto é a música 1960, conte um pouco mais para os leitores do blog, como foi sua inspiração para ela? 
Meu pai faleceu bem no meio do processo do meu primeiro álbum, intitulado BOO!. Ali, ele queria, mais do que eu, produzir este álbum. Sem dúvida, os meus pais foram as pessoas que mais me apoiaram, descobriram o talento e incentivaram  a me tornar o que eu sou hoje. Como era um projeto grande, com uma produção muito desafiadora, também pelo fato de ser minha primeira experiência com músicos internacionalmente conhecidos como Billy Sheehan (Steve Vai) e Mike Mangini (Dream Theater), não podia deixar a “peteca” cair, então, usei estes sentimentos todos a favor da arte. Dali nasceu a 1960, (que acredito ser mais do que uma homenagem aos meus pais) acredito ser uma das minhas melhores tentativas de me expressar, enquanto artista e pessoa.
7- Atualmente qual equipamento você tem usado para shows e gravações? 
Há muitos anos sou endorsee das marcas Gibson, Orange, Ernie Ball,  Morley, Monster, Morpheus, Mendes e Capcases, então, acabo tendo o prazer de usar diferentes modelos destas marcas. Como tenho a oportunidade de ter muitas opções, acabo sempre experimentando. Cada musica, uma história, uma ferramenta.
8- Como estão os shows de 2014?  
Depois que dirigi, como diretor de vídeo, o novo DVD do baterista Aquiles Priester, as pessoas estão me procurando bastante para fazer trabalhos deste tipo, então, a agenda fica uma loucura! Acabei de voltar de uma tour na Europa divulgando os meus novos singles: CHU e OLDBOY. Já tenho alguns workshops marcados no Brasil, mas, certamente volto à Europa no segundo semestre para mais alguns meses de show.
9- Quais dicas você daria para os alunos do instituto musical Danilo Menezes?
 Acreditem nos seus sonhos. Bora dominar o mundo, juntos! Fica o meu convite para participarem das minhas redes sociais – todos os links estão no meu site oficial: www.danielpique.com Rock On!